Definição
A técnica de meditação Mindfulness, traduzida como “atenção plena”, leva a consciência focar no presente com atitude aberta e não julgadora. Um de seus exercícios básicos é praticar a concentração na respiração. Ajuda a lidar com o estresse cotidiano, as emoções e as relações com os outros.
Possibilidade de tratamento
É opção terapêutica comprovada para quadros clínicos de transtornos de ansiedade e depressão, além da dor crônica. A técnica também ajuda na prevenção dessas doenças. Desde 2006, já está prevista na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, no bojo da meditação. Porém falta ser implementada. No Reino Unido, o Mindfulness já é incorporado à política pública.
Contraindicações e alertas
Em casos de graves sintomas de ansiedade e depressão, o Mindfulness não é indicado sem primeiro haver o tratamento farmacológico. A técnica contribui para diminuir as recaídas. Para pessoas com esquizofrenia e transtorno de personalidade, adota-se um protocolo específico de acompanhamento por profissionais capacitados.
Nem concentração nem relaxamento
Na verdade, o Mindfulness desenvolve a autopercepção. Sua prática permite que diante de um estímulo, a resposta não seja no “piloto-automático”. Por exemplo, diante do estresse, o objetivo é percebê-lo e evitar um comportamento inadequado.
Uso empresarial
De acordo com a revista americana Inc., em 2016, o mercado de Mindfulness movimentou 1,1 bi de dólares nos Estados Unidos e 22% dos empregadores norte-americanos ofereceram atividades com essa técnica aos seus contratados. Ainda que muito divulgado por empresas que contratam workshops na área, o aumento da produtividade deve ser encarado como efeito colateral positivo, mas não é o objetivo da prática.
*Colaboraram:
Edson Noboyuki: Participou do curso de Mindfulness na Febracis.
Marcelo Demarzo: Professor da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), coordena o Centro Mente Aberta de Mindfulness na Unifesp.