O fã é uma figura controversa e emblemática no imaginário popular, ora retratado como maluco, ora nem sequer reconhecido como tal. Mas uma coisa é certa: o Brasil tem fãs de tudo, aos montes, que têm um poder cada vez maior de trazer seus ídolos para perto e até mesmo de movimentar a economia. Existem vários tipos de fã – há quem fique em filas quilométricas para conseguir o iPhone mais recente e quem se aglomere em torno do Papamóvel – mas esta edição é dedicada àqueles que tuitam violentamente vendo o último episódio de Game of Thrones, gritam o nome do cantor favorito e tratam lançamentos de álbum como um evento: os amantes de cultura pop. Neste claro! fã tentamos dar conta desse fenômeno e suas formas de expressão, que mudaram ao longo do tempo, mas que ainda são movidas pelo mesmo sentimento: a vontade de se conectar com aquilo que se ama e outros que partilham desse amor. E, acima de tudo, sobre todas as maneiras que o amor de fã nos leva além – da sanidade, da normalidade, das possibilidades – e, muitas vezes, serve para nos aproximar daquilo que queremos ser, ainda que de um jeito que pode ser impensável para algumas pessoas.