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Livre de marcas

 

Por Gustavo Assef e Mariana Carneiro

 

Se engana quem pensa que as tatuagens são uma moda recente. Já foram encontradas múmias do Egito Antigo com o corpo coberto por desenhos, e a prática de marcar a pele faz parte da cultura de diversos povos originários. Tatuar foi uma forma popular de expressão pessoal, mas nos dias de hoje, essa escolha não precisa ser definitiva. 

A insatisfação com uma arte marcada na pele leva muitos tatuados a optar pela remoção. Dentre as queixas mais comuns, estão nomes de ex-namorados, tatuagens antigas e micropigmentações estéticas.

De acordo com um estudo realizado em 2013 pelo Royal Blackburn Hospital, do Reino Unido, uma em cada três pessoas se arrepende de ter feito tatuagem. Para a pesquisa, foram entrevistadas 580 pessoas tatuadas, e pouco menos da metade dos arrependidos respondeu que aceitaria fazer a remoção. 

O processo não é simples. Apagar uma tattoo pode ser demorado e tão doloroso quanto fazê-la, explica Débora Lippi, especialista em remoção de tatuagens. Em contato com a pele, o laser quebra os pigmentos de tinta em micropartículas e permite que o corpo os elimine através do sistema linfático. 

“Dependemos da intensidade, qualidade e profundidade que foi feita a tatuagem e do organismo do paciente para eliminar esse pigmento”, informa Juliana Siqueira, expert em remoção a laser. Como cada tratamento é individual, não existe uma estimativa geral para o número de sessões necessárias, e os resultados podem variar. O laser tem mais afinidade com a tinta preta, e manchas coloridas tendem a perdurar mesmo após o fim do tratamento.

Quando o medo da dor do laser é um impedimento, alguns preferem cobrir a tatuagem antiga com um novo desenho. A técnica envolve posicionar uma tatuagem maior e mais escura em cima da primeira para ocultá-la. Também é possível clarear a tatuagem indesejada com uma cobertura de tinta branca, mas tatuadores alertam que o método não é tão eficaz. 

Para algumas pessoas, remover ou cobrir uma tatuagem indesejada pode significar um resgate da autoestima. O mais importante é gostar do próprio visual com as artes que escolheu marcar na pele. 

COLABORADORES: Ana Beatriz Gontijo e Luiza Bottan

O claro! é produzido pelos alunos do 3º ano de graduação em Jornalismo, como parte da disciplina Laboratório de Jornalismo - Suplemento.

Tiragem impressa: 5.000 exemplares

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