Desde os primórdios, o ser humano observa o céu. Para entender momentos chave dessa relação histórica, montamos uma linha do tempo com datas indicadas pelo prof. Rundsthen Nader, do Observatório de Valongo, UFRJ.
Um breve panorama astronômico
séc. XIII a.C.
Há registros de que os povos babilônios já podiam prever o acontecimento de eclipses.
séc. III a.C.
O astrônomo Erastótenes, natural de Cirene, colônia grega na atual Líbia, calculou pela primeira vez o diâmetro da Terra. Já Aristarco de Samos, na Grécia, propôs que a Terra se movia em torno do Sol — muito antes de Nicolau Copérnico, no século XVI.
séc. XIII d.C.
São criadas as Tabelas Afonsinas, por iniciativa do rei Afonso X, de Leão e Castela (reinos localizados onde são hoje Portugal e Espanha). As tabelas permitiam o cálculo das posições do Sol, da Lua e dos planetas do Sistema Solar.
1609
O uso do telescópio é introduzido na astronomia por Galileu Galilei. Para Rundsthen, trata-se do evento mais marcante da história da astronomia.
1687
Isaac Newton publica a obra Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, que fixou as bases teóricas da Mecânica Clássica e da Teoria Gravitacional — teorias que possibilitaram, por exemplo, um estudo aprofundado dos movimentos dos corpos celestes. Newton também havia inventado em 1668 o telescópio refletor, uma variação do telescópio que funciona em um espectro de luz mais amplo do que os outros.
1905
Albert Einstein apresenta ao mundo a teoria da Relatividade Restrita, que permite a descrição da física do movimento na ausência de campos gravitacionais. Em 1915, apresenta a Relatividade Geral, que aponta, entre outras coisas, a existência dos buracos negros — cuja primeira captação em imagem, por sua vez, foi feita em 10 de abril de 2019.