Hoje, mais do que em muito tempo, temos milhares de perguntas e pouca ou nenhuma esperança de resposta. A pandemia, o confinamento e a distância das pessoas que gostamos parece ampliar e diversificar nossas reflexões e questionamentos. O vírus tem cura? Qual ministro cai essa semana? Quantas histórias foram interrompidas? Será que nossos laços seguirão os mesmos após a quarentena?
É certo que foram as perguntas que nos trouxeram até aqui. A busca pelas respostas resultaram em invenções que reformularam nossa maneira de viver, e nos levaram a novas perguntas, que nos trouxeram novas respostas, e assim sucessivamente, até os dias atuais.
Qual a origem do Universo? De onde vêm os bebês? Existe vida inteligente fora da terra? Estas grandes perguntas, que se transformam e se atualizam com o tempo, são as que nos deixam mais ansiosos. Quantos não querem saber nenhuma das respostas para as perguntas apresentadas acima?
Mas não é só a busca por marcianos que move nossos questionamentos. Muitos de nós estão dia após dia buscando entender a si mesmos. Ou saber se suas paixões serão correspondidas. Ou se conseguirão achar o verso perfeito para os acordes de uma canção.
Perguntas bobas? Menores? Nada disso. Todas elas valem muito. Assim como vale uma criança que deseja conhecer o mundo, ainda que seu mundo tenha fronteiras muito menores que as de um astronauta.
Das pequenas às grandes perguntas, é nosso dever seguir perguntando. Questionar sempre é uma das chaves para seguirmos em frente, como indivíduos ou como sociedade. E caso existam perguntas as quais não conseguimos, ou não temos conhecimento para responder, é nosso dever apoiar quem tem. Para curar um vírus, ou para curar o ódio, sigamos perguntando.