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Procura-se: raro!

 

Por Laisa Dias e Thais Morimoto

 

Arte: Clarisse Macedo

Nesta edição do claro! procuramos tratar de assuntos dificilmente abordados. E foi aí que achamos o maior obstáculo: como encontrar algo que é tão incomum? As raridades não têm um significado único.

Os colecionadores de artefatos são os exemplos que geralmente lembramos primeiro, eles procuram por itens exclusivos e, por algum motivo, valiosos.

A baixa incidência também torna algumas questões atípicas, é o exemplo de esportes pouco familiares no Brasil, tipos sanguíneos que fogem do padrão que conhecemos ou até mesmo as pessoas com albinismo. 

O raro ainda pode nos surpreender. Há raridades que são criadas pelo ser humano. É o caso de raças de animais feitas em laboratórios, criando o animalzinho “perfeito”, do tamanho e aparência desejada.

Ao mesmo tempo que criado, o incomum pode ser consequência da destruição da ação do homem, como a submersão de cidades inteiras decorrente da construção de barragens e do desaparecimento de povos indígenas, derivado de apagamentos históricos e da degradação da natureza. Depois de tudo, ele ainda pode ser algo redescoberto, que percebemos o valor após sua quase extinção.

E não para por aí. O raro está na insuficiência dos debates sociais, como a falta de pessoas LGBTQIAPN+ em cargos de lideranças em grandes empresas.

A edição claro! raros buscou variedades em seus assuntos, mas isso não quer dizer que acaba por aqui. Devem existir questões que nós nem sequer conseguimos encontrar, são raras.

Expediente: Reitor: Carlos Gilberto Carlotti Junior. Diretora da ECA-USP: Brasilina Passarelli. Chefe do departamento: Luciano Guimarães. Professora responsável: Eun Yung Park. Capa: Clarisse Macedo. Editoras de conteúdo: Laisa Dias e Thais Morimoto. Editora de Arte: Clarisse Macedo. Editora Online: Lívia Lemos. Ilustradores: Gabriele Mello e Nathalie Rodrigues. Diagramadores: Ana Mércia Brandão, Camilla Almeida, Danilo Queiroz, Gabriel Tavares, Julia Magalhães, Laura Pereira Lima, Mariana Krunfli, Nathalie Rodrigues, Sofia Lanza, Thaís Helena Moraes, Yasmin Araújo. Redação: Caroline Santana, Elaine Borges, Emanuely Benjamim, Felipe Velames, Gabriel Cillo, Gabriel Eid, Guilherme Castro Sousa, Guilherme Valle, Lorena Corona, Maria Trombini, Mariana Zancanelli, Marília Monitchele, Melannie Silva, Osmar Neto, Ricardo Thomé. Endereço: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, prédio 2 – Cidade Universitária, São Paulo, SP, 05508 920. Telefone: (11) 3091- 4112. O claro! é produzido pelos alunos do quinto semestre de Jornalismo como parte da disciplina Laboratório de Jornalismo Impresso-Suplemento.

até breve?

 

Por Fernanda Real e Gabriele Koga

 

Arte: Breno Queiroz e Lucas Tôrres Dias

Como cantou o mineiro Milton Nascimento, encontros, desencontros e despedidas são inevitáveis e fazem parte da jornada humana em movimento, representada por vais e vens em plataformas de trem. “Tem gente que chega pra ficar. Tem gente que vai pra nunca mais. Tem gente que vem e quer voltar”. A certeza que resta é compreender que a vida continua de longe ou de perto e o fluxo também.

A edição do claro! encontro busca abordar a multiplicidade de situações que envolvem a palavra “encontro”. Contemplamos uma exploração pessoal e emocional das experiências humanas, proporcionadas pela ação de união. O contrário também ocorre: a desunião e os desencontros são inerentes ao cotidiano – seja pelo fim de um relacionamento, de uma fase da vida ou ainda pelo desafio de lidar com emoções da realidade do “nunca mais”.

Encontros marcam o tempo presente, nos falam sobre o passado e podem criar expectativas sobre os eventos futuros. Envolvidos na mística do destino, a tragédia cotidiana, a correria pela vida nas cidades do milênio, o luto pelos dias perdidos e a recuperação de si retratam propósitos de vida, busca por respostas e escolhas que fazemos.

Traduzir a essência humana é contar, por meio de histórias, as questões e os desafios mais profundos que moldam a nossa existência. O trem é o instrumento que separa, é ele que pode levar para um novo lugar e também trazer quem está distante. O desembarque pode não ser um adeus. Como escreveu Milton Nascimento, há dois lados da mesma viagem, já que o trem que chega é o mesmo da partida e a hora do encontro é também despedida. 

Expediente: Reitor: Carlos Gilberto Carlotti Junior. Diretora da ECA-USP: Brasilina Passarelli. Chefe do departamento: Luciano Guimarães. Professora responsável: Eun Yung Park. Capa: Beatriz Ferreira, Breno Queiroz e Fernanda Real. Editoras de conteúdo: Fernanda Real e Gabriele Koga. Editora de Arte: Beatriz Ferreira. Editor Online: Murillo César Alves. Ilustradores: Breno Queiroz e Lucas Tôrres Dias. Revisora: Dani Alvarenga. Diagramadores: Damaris Lopes, Erick Lins, Guilherme Bento, Guilherme Castro, Leonardo Vieira, Mateus Cerqueira, Mavi Faria, Rafael Canetti e Victória Pacheco. Repórteres: Ana Júlia Maciel, Ana Medeiros, Adrielly Kilryann, Diogo Leite, Fernando Cardoso, Gabriela Lima, Isabel Vernier, Letícia Naome e Rian Damasceno. Endereço: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, prédio 2 – Cidade Universitária, São Paulo, SP, 05508 920. Telefone: (11) 3091- 4112. O claro! é produzido pelos alunos do sexto semestre de Jornalismo como parte da disciplina Laboratório de Jornalismo Impresso-Suplemento.

teias com o outro e o mundo

 

Por Ana Medeiros e Luisa Hirata

 
Arte: Adrielly Kilryann e Guilherme Castro

Algumas espécies de aranhas têm nas teias seu abrigo, alimento e meio de reprodução. Elas constroem fios elásticos e resistentes, que podem ser finos ou grossos e durar meses ou somente algumas horas. Assim como essas redes, nós, humanos, tecemos o apego como uma das formas de responder ao exterior que nos cerca. Fios que podem se estender pelo tempo ou serem cortados quando menos se espera.

Estamos constantemente nutrindo vínculos afetivos com os outros e o mundo, desde o momento em que nascemos. Nos apegamos em busca da sensação de segurança e conforto que esses relacionamentos proporcionam. Também escolhemos encerrar o apego quando é preciso concluir uma fase da vida. Por vezes, até nos esforçamos para frear o florescer desse sentimento, temendo o que ele pode provocar.

Nesta edição do claro!, convidamos os leitores a se agarrarem às teias do apego e, deslizando por elas, descobrirem as diferentes arquiteturas e intensidades com as quais ele se apresenta. Quem sabe você não decide levar consigo estes textos por mais de uma única noite?

Expediente — Reitor: Carlos Gilberto Carlotti Junior. Diretora da ECA-USP: Brasilina Passarelli. Chefe do departamento: Luciano Guimarães. Professora responsável: Eun Yung Park. Capa: Adrielly Kylriann, Ana Júlia Maciel e Guilherme Castro. Editoras de conteúdo: Ana Medeiros e Luísa Hirata. Editora de Arte: Ana Júlia Maciel. Editor Online: Diogo Leite. Ilustradores: Adrielly Kylriann e Guilherme Castro. Diagramadores: Beatriz Ferreira, Breno Queiroz, Fernanda Real, Fernando Cardoso, Gabriela Lima, Gabriele Koga, Isabel Vernier, João Dall’ara, Lucas Tôrres Dias, Pedro Fagundes, Rian Damasceno. Repórteres: Damaris Lopes, Dani Alvarenga, Erick Lins, Guilherme Bento, Leonardo Vieira, Letícia Naome, Mavi Faria, Mateus Cerqueira, Murillo César Alves, Rafael Canetti, Victória Pacheco. Endereço: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, prédio 2 – Cidade Universitária, São Paulo, SP, 05508 920. Telefone: (11) 3091- 4112. O claro! é produzido pelos alunos do sexto semestre de Jornalismo como parte da disciplina Laboratório de Jornalismo Impresso-Suplemento.

Todos os sonhos do mundo

 

Por Guilherme Gama e Luanne Caires

 
Ilustração Bruno Kristoffer


Como nasce um sonho? Pode ser no disfarce de desejos. Ou nos estímulos aleatórios originados na interação entre o tronco encefálico e outras partes do corpo, inclusive o córtex cerebral — onde a maioria dos pensamentos são processados. Mais interessante e controverso talvez seja o que o sonho é após o nascimento e como transforma e define a mente do sonhador. 

Afinal, é possível ter em si todos os sonhos do mundo? A célebre frase de Fernando Pessoa pode, a princípio, parecer um exagero poético, mas nos convida a refletir sobre a diversidade de significados que atribuímos ao sonhar. 

Na materialidade fisiológica, o período do sono em que sonhamos é essencial para lidar com vontades, aprendizados, memórias, medos, traumas e simulações do real. As abstrações da mente inconsciente nem sempre são tão abstratas assim. Não é à toa que, impedidos de sonhar, por questões de saúde ou pelas tecnologias que invadem a noite, o bem-estar dá espaço a níveis mais altos de estresse, ansiedade e riscos neurológicos. 

Mas dormir não é a única maneira de sonhar. No dia a dia, de olhos abertos, sonhamos com novas possibilidades, sejam elas de arte, de vida ou de país. Sonhos só nossos ou compartilhados com grupos sociais em constante movimento. 

Afinal, sonhar não é só revisitar o passado ou processar o presente. Os sonhos são também um modo de ver o futuro. 

Esta edição tem em si uma vastidão de formas de significar, perceber e transformar o mundo por meio dos sonhos. 

Expediente – Reitor: Carlos Gilberto Carlotti Jr. Diretora da ECA-USP: Brasilina Passarelli. Chefe do departamento: Luciano Maluly. Professora responsável: Eun Yung Park. Editores de conteúdo: Guilherme Gama e Luanne Caires. Editores Online: Manuel Savoldi e Patrick Fuentes. Editora de Arte: Alessandra Barrozo. Ilustradores: Sebastião Moura e Bruno Kristoffer. Diagramadores: Ana Luiza Cardozo, Gustavo Zanfer, Ivan Conterno, Jorge Fofano, Juliana Matias e Luisa Costa. Repórteres: Adrielly Marcelino, Aline Novakoski, Arthur Nascimento, Beatriz Lopomo, Giovanna Preto, Guilherme Caldas, Henrique Nascimento, Jaqueline Silva, Julia Mantuani, Julia Rodrigues, Juliana Alves, Luiz Attié, Natane Cavalcante, Sofia Kercher, Thiago Gelli, Thomas Toscano, Tomás Novaes, Vitor Cavalari e Wálace de Jesus. Endereço: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, prédio 2 – Cidade Universitária, São Paulo, SP, 05508-020. Telefone: (11) 3091-4112. O claro! é produzido pelos alunos do sexto semestre do curso de Jornalismo como parte da disciplina Laboratório de Jornalismo Impresso – Suplemento.

editorial | das grandezas do ínfimo

 

Por Sarah Lidice e Theo Sales

 

Arte: Pedro Ferreira e Rebeca Alencar


No meio do caminho tinha uma pedra. Uma pedrinha miudinha que marcou a vida do poeta. Mas podia ser uma borboleta com suas cores vívidas, cujo leve bater de asas pode distrair uma pessoa andando na rua ou até gerar um furacão nos Estados Unidos, como diz a teoria do caos. Ou ainda um grilo que, sozinho, é capaz de desmontar o silêncio da noite. Pequenezas capazes de grandezas. 

Como um certo vírus, que com sua potência replicadora armazenada nas suas duas dezenas de nanômetros, parou um mundo até então imparável. 

Questionando aquilo que é considerado grande ou pequeno, pois tudo depende do referencial, convidamos os leitores a olhar atentamente aos pequenos detalhes, àquelas coisas aparentemente insignificantes, mas que fazem toda a diferença.

Editorial | O último grão

 

Por Ana Carolina Guerra e Mateus Dias

 

Arte e Imagem: Ana Paula Alves e Maria Clara Abaurre

Tentamos sempre fazer com que o tempo corra a nosso favor, incessáveis, sempre reagindo à sua passagem. Seja quando esperamos ele agir sobre uma bebida ou quando nos revoltamos que não temos uma hora a mais para dar conta de tudo.

Mas o que não queremos entender é que nosso tempo não é como um relógio num ciclo sem fim, repetindo horas e minutos. Ele é uma ampulheta que somos incapazes de virar e começar de novo.

Nesse eterno cabo de guerra contra o tempo, somos apenas uma criança tentando com todo o afinco segurar as areias do tempo com uma peneira. Entretanto o resultado é sempre o mesmo, todos os grãos de areia caem.

Nessa luta sem fim, mais que tentamos revirar a ampulheta e fazer areia ir no sentido contrário, mais fácil fica de deixar ela cair na ânsia por só mais um grãozinho. E como está a sua ampulheta agora?

Editorial | A diferença que nos molda

 

Por Gabrielle Abreu e Kayna de Oliveira

 
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Arte por Bruna Irala e Mayara Prado

 

Viver é o completo contrário ao maniqueísmo, já que luz e sombra nos moldam como seres individuais. E assim como a beleza, a estranheza também nos é intrínseca. Quando nos debruçamos para observar o ser, nos deparamos com diferentes camadas da nossa existência, algumas mais aceitas do que outras, mas todas formando uma mesma pessoa.

 

Para pensar a edição do claro! estranho, primeiro foi preciso refletir sobre o que é ser estranho. E quem pode ditar a estranheza no outro? Essa é uma pergunta difícil de responder, mas é certo que o estranho está presente na forma como o mundo nos recebe, por vezes de braços abertos, por vezes de punhos cerrados. 

 

Estranho pode ser a forma como você arruma o seu cabelo, como você se sente em um ambiente em que não está acostumado a habitar, suas escolhas pessoais, seu jeito de falar e até mesmo as adversidades da vida podem mudar a forma como você é visto no mundo.

 

Duas pessoas não podem ser iguais, e por isso estranham o que lhe é diferente, e entender como a sociedade forja as diferenças e tenta excluí-las, é o desafio imposto a todos aqueles que buscam a liberdade para expressar sua estranheza e a sensibilidade para aceitar a estranheza do outro. 

 

 

Expediente – Reitor: Vahan Agopyan. Diretor da ECA-USP: Eduardo Henrique Soares Monteiro. Chefe de departamento: Luciano Victor Barros Maluly. Professora Responsável: Eun Yung Park. Editores de Conteúdo: Gabrielle Abreu e Kaynã de Oliveira. Editores online: Giovanna Farnezi e Ramana Rech Duarte. Editoras de Arte: Bruna Henriques Irala e Mayara Prado. Redes Sociais: Natasha Teixeira. Making of: Beatriz Carneiro e Catarina Virginia Barbosa. Repórteres: Adriana Teixeira, Amanda Mazzei, Ana Beatriz Rodrigues, Anderson Lima, André Amorim, André Derviche, Bruno Militão, Caio César Pereira, David Ferrari, Edson Junior, Emylly Alves, Gabriel Guerra, Giovanna Farnezi, João Mello, Laura Toyama, Luana Benedito, Luana Franzão, Maria Luísa Bassan, Marina Caiado, Matheus Alves, Matheus Zanin, Natália Milena, Natasha Teixeira, Sofia Kassab, Suzana Correa Petropouleas, Victor Aguiar e Vinicius Lucena. Endereço: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, prédio 2 – Cidade Universitária, São Paulo/SP, CEP: 05558-900. Telefone: (11) 3091-4211

Procura-se sentido | Editorial

 

Por Pedro Henrique Sousa e Vinicius Garcia

 

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Arte por Gabriella Sales e Mariana Catacci

 

Você já deve estar cansado de ouvir a pergunta: “Qual o sentido da vida?”. Exaustivas repetições em filmes, séries, podcasts ou mesmo em conversas no bar com amigos podem passar até um ar de banalidade a uma questão tão complexa. Mas permita que façamos essa pergunta mais uma vez.

 

 A edição claro! Vida pretende trazer essa interrogação tão batida e respondê-la com as diferentes possíveis respostas. Afinal, para alguns um filho é o que dá sentido para sua vida, enquanto que outros veem com aversão a possibilidade de ter um descendente. 

 

Outros vão responder que essa aventura que passamos ganha sentido com uma grande paixão. Daquelas arrebatadoras, que afugentam qualquer razão, e reverenciam as maiores loucuras. Então viver seria sobre sentir demais e pensar de menos?

 

Há quem diga que a beleza da vida está em não ter segundas chances. Acertando ou errando, você só tem uma oportunidade. Mas há quem só genuinamente se motive pela finitude. O que há no fim? O que há depois? Há quem veja grandes glórias ao se preparar para esse momento.

 

E no fim, perguntar qual o sentido da vida torna-se a coisa mais sem sentido. O sentido da vida é aquele que faz mais sentido a você. Mas, se você gosta de frases feitas e metáforas concretas, esperamos que a sua vida seja, para você, como essa edição claro! vida foi para nós. Que comece com ideias, sonhos, como nós pensamos em pautas. Passe por perrengues, lute, se expresse, como fizeram os inúmeros repórteres nesta edição. E que, no fim, você possa sentar, como nós, e escrever um belo editorial, do qual você se orgulhe. Para a gente fez sentido.

 

Expediente – Reitor: Vahan Agopyan. Diretor da ECA-USP: Eduardo Henrique Soares Monteiro. Chefe de departamento: Luciano Victor Barros Maluly. Professora Responsável: Eun Yung Park. Editores de Conteúdo: Pedro Henrique Costa e Vinicius Garcia. Editores online: Letícia Cangane e Pedro Lobo. Editoras de Arte: Gabriella Sales e Mariana Catacci. Repórteres: Beatriz Azevedo, Camila Paim, Danilo Moliterno, Gabriela Caputo, Guilherme Bolzan, Isabel Teles, José Higídio, Júlia Carvalho, Karina Tarasiuk, Letícia Flávia, Marina Reis, Rafael Sampaio, Renata Souza e Vanessa Evelyn. Capa: Gabriella Sales e Mariana Catacci. Endereço: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, prédio 2 – Cidade Universitária, São Paulo/SP, CEP: 05558-900. Telefone: (11) 3091-4211

 

Bombardeio de imagens | Editorial

 

Por Hugo Vaz e Yasmin Oliveira

 

Conceito: Bianca Muniz e Caio Mattos/Desenho: Bianca Muniz

Conceito: Bianca Muniz e Caio Mattos/Desenho: Bianca Muniz

 

Vivemos em um mundo de imagens. Pode parecer óbvio, afinal, você acorda, checa a tela do celular, depois o espelho, liga a televisão, espia as fotos do jornal, as selfies dos amigos, topa com a publicidade na rua e recebe aquela montagem absurda nas redes sociais como se fosse a coisa mais natural do mundo. Nosso mundo é visual e, por vezes, desconcertante.

 

Mas é justamente por conta dessa onipresença que precisamos mergulhar um pouco mais a fundo para compreender o que elas representam, o que buscam transmitir, como, por que, e por quem são formadas. Recebemos as imagens passivamente: não questionamos sobre o que representam e como chegaram até nós.

 

“A imagem não mente.” Mentira. “Vi com meus próprios olhos.” E daí? Esqueça essas noções antiquadas. Imagens podem ser construídas e desconstruídas, são projetadas e recebidas. Entre doze reportagens, exploraremos esse universo tão vasto quanto maleável para descobrir o que está por trás, à frente e por todos os cantos nas imagens que nos cercam.

 

Lembramos que imagens são nossa interface com o mundo e com nós mesmos. Elas contam histórias e despertam sensações. Para verificar, basta fechar os olhos. Lá estarão elas nos nossos pensamentos e memórias, borrando completamente a distinção entre percepção e realidade. Esperamos que as imagens, textos e áudios desta edição do claro! levem a uma jornada surpreendente por dentro deste assunto inesgotavelmente fascinante.

 

Expediente – Reitor: Vahan Agopyan. Diretor da ECA-USP: Eduardo Henrique Soares Monteiro. Chefe de departamento: André Melo de Chaves Silva. Professora Responsável: Eun Yung Park. Editores de Conteúdo: Hugo Vaz e Yasmin Caetano. Editoras online: Mariana Cotrim e Sofia Aguiar. Editores de Arte: Bianca Muniz e Caio Mattos. Repórteres: Caroline Aragaki, César Costa, Diego Bandeira, Fernanda Pinotti, Gabrielle Torquato, Gabrielle Yumi, José Carlos Ferreira, Karina Merli, Laura Alegre, Leonardo Lopes, Letícia Camargo, Maria Laura López, Mariana Arrudas, Mayumi Yamasaki, Pedro Ezequiel, Pedro Teixeira, Tainah Ramos, Renan Sousa, Samantha Prado e Vital Neto. Capa: Bianca Muniz e Caio Mattos. Endereço: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, prédio 2 – Cidade Universitária, São Paulo/SP, CEP: 05558-900. Telefone: (11) 3091-4211

 

Resistir é florescer | Editorial

 

Por Karina Merli e Pedro Ezequiel

 

Capa - editorial

Arte: Bianca Muniz; Foto: Agência Brasil

 

 

Na letra de uma canção, o poeta diz que as rosas não falam. Com a licença poética de Cartola, músico negro, afirmamos que as rosas são algo a mais: símbolos. E elas exalam momentos históricos de luta.

 

Momentos fortes, longe de lembrarem uma pétala de flor.

 

Assim como foi o maior símbolo de bravura contra o racismo, a morte e a desumanização dos tempos da colonização. Sob os cuidados de Zumbi e Dandara dos Palmares, essa resistência local luta, hoje, para ficar viva nos livros e na nossa memória. 

 

O claro! quer ilustrar a resistência que se enraizou na história, como a ditadura em nosso país, que reprimiu quem lutou pela volta da democracia. Se armar, naqueles tempos, era com braços e canções — inclusive como aquela que dizia que falaria das flores. Metros abaixo de suas raízes, há história também prestes a ser descoberta.

 

Mas há outros tempos em que a palavra tema vira o sinônimo da sensibilidade e delicadeza, como a rosa. Antes de tudo, é preciso aprender a semear e cuidar do desenvolvimento da resistência. Isso é um processo que começa na infância e cresce com a gente, ao longo da vida. Sempre de dentro para fora.

 

E quem é que pode não se preocupar com isso? Se contarmos que são os aparelhos eletrônicos, talvez não tenha nenhuma surpresa. Quem pode ser fraco, muitas vezes, é quem tem que manter a postura rígida.  

 

Mas convenhamos, todos podem se encantar com a beleza de uma doce tentação, enquanto se fascinam com provas extremas de reality shows ou com defesas gloriosas em uma partida de futebol.

 

Entender a necessidade de mudar e enfrentar a novidade é um caminho cheio de espinhos, o qual só é possível atravessar com os punhos cerrados, ciente de que ele não é curto.

 

E há muitas questões que ainda precisam ser encaradas no hoje: a ciência não é mais creditada, a nossa casa está em chamas. Quem é que resiste ao que parece o fim do mundo? Ou o quanto o mundo resistirá a nós?

 

É preciso marcar presença, como Marielle, e se atentar ao que acontece. Por mais que se esteja no mais pessimista dos cenários. Como disse outro poeta negro, Mano Brown, até no lixão é capaz de nascer uma flor. E lá, ela ficar. 

 

 

Expediente: Reitor: Vahan Agopyan. Diretor da ECA-USP: Eduardo Henrique Soares Monteiro. Chefe de Departamento: André Melo de Chaves Silva. Professora Responsável: Eun Yung Park. Editores de Conteúdo: Karina Merli e Pedro Ezequiel. Editores Online: Giovanni Marcel e Yasmin Caetano. Editores de Artes: Bianca Muniz e Mariana Arrudas. Repórteres: Caio Mattos, Caroline Aragaki, César Costa, Diego Bandeira, Diego Macedo, Fernanda Pinotti, Gabrielle Torquato, Gabrielle Yumi, Hugo Vaz, José Carlos Ferreira, Laura Alegre, Leonardo Lopes, Letícia Camargo, Luccas Nunes, Maria Laura López, Mariana Cotrim, Mayumi Yamasaki, Pedro Teixeira, Renan Sousa, Samantha Prado, Sofia Aguiar, Tainah Ramos, Tiago Medeiros e Vital Neto. Capa: Bianca Muniz e Mariana Arrudas. Endereço: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, Prédio 2 – Cidade Universitária, São Paulo/SP, CEP: 05558-900. Telefone: (11) 3091-4211

O claro! é produzido pelos alunos do 3º ano de graduação em Jornalismo, como parte da disciplina Laboratório de Jornalismo - Suplemento.

Tiragem impressa: 5.000 exemplares

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