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Tecendo o amanhã

 

Por Giovanna de Oliveira e Juliana Alves

 
Ilustração Gustavo Zanfer


No Amazonas, alguns indígenas Tikunas pincelam para difundir sua cultura; em Paraisópolis, uma comunidade de São Paulo, esposas costuram pela liberdade financeira e pelo afastamento da violência de seus lares. Duas empresas fundadas por mulheres, com histórias distintas e separadas por 3.000 km. Mas elas se cruzam como as linhas de um tecido em torno de um sonho em comum: contribuir para a sociedade. 

De 2019 para 2020, a criação de corporações femininas aumentou em 41%, segundo o LinkedIn. Parte delas foca no empreendedorismo social, setor que utiliza uma parcela do lucro para reinvestir na sociedade. Em 20 anos, 622 milhões de pessoas no mundo realizaram o sonho de mudar a própria vida devido a esses modelos de negócio, conforme dados de 2020 da Fundação Schwab, ONG especializada em empreendimentos sociais.

Um exemplo desse setor é da população indígena Tikuna, no Amazonas. A empresária, We’e’ena Tikuna, fundou uma grife de mesmo nome e tem o sonho de levar a arte do seu povo para outras gerações através do grafismo, pinturas produzidas com urucum, jenipapo ou babaçu.

Para isso, a estilista emprega integrantes de seu povo desde a confecção de roupas e bonecas de pano indígenas, até aos desfiles das coleções. Outra empresa de destaque no ramo da moda é a “Costurando Sonhos”, um ateliê de Paraisópolis que capacita mulheres vítimas de violência a costurarem pela independência financeira.

Mais de 900 mulheres já passaram pelos cursos, porém as empresárias percebiam a dificuldade de ingresso no mercado de trabalho. As fundadoras, Suéli Feio e Maria Nilde, convidaram algumas dessas costureiras para a empresa, que conta com 120 profissionais. São produzidas roupas que são vendidas na internet e o lucro é reinvestido nas capacitações. Assim, por meio do sonho das empreendedoras, essas mulheres também foram inspiradas a sonhar com uma vida melhor.

“Fico grata em saber que mudamos a vida financeira de uma mulher e a salvamos de um ciclo de violência”, afirma Suéli.

Colaboração Heide Ferreira, Jaqueline de Souza e Silvia Ferreira, do empreendimento Fazendinhando; Jane Moura, docente da UFAM

O claro! é produzido pelos alunos do 3º ano de graduação em Jornalismo, como parte da disciplina Laboratório de Jornalismo - Suplemento.

Tiragem impressa: 5.000 exemplares

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