Arte por Bruna Irala e Mayara Prado
Viver é o completo contrário ao maniqueísmo, já que luz e sombra nos moldam como seres individuais. E assim como a beleza, a estranheza também nos é intrínseca. Quando nos debruçamos para observar o ser, nos deparamos com diferentes camadas da nossa existência, algumas mais aceitas do que outras, mas todas formando uma mesma pessoa.
Para pensar a edição do claro! estranho, primeiro foi preciso refletir sobre o que é ser estranho. E quem pode ditar a estranheza no outro? Essa é uma pergunta difícil de responder, mas é certo que o estranho está presente na forma como o mundo nos recebe, por vezes de braços abertos, por vezes de punhos cerrados.
Estranho pode ser a forma como você arruma o seu cabelo, como você se sente em um ambiente em que não está acostumado a habitar, suas escolhas pessoais, seu jeito de falar e até mesmo as adversidades da vida podem mudar a forma como você é visto no mundo.
Duas pessoas não podem ser iguais, e por isso estranham o que lhe é diferente, e entender como a sociedade forja as diferenças e tenta excluí-las, é o desafio imposto a todos aqueles que buscam a liberdade para expressar sua estranheza e a sensibilidade para aceitar a estranheza do outro.