logotipo do Claro!

 

Qual personalidade que lutou pela liberdade você é?

 

Por Juliana Brocanelli

 

Está na cara que você tem um desejo de liberdade! Muita gente já se doou por essa causa. Vem descobrir com qual dessas grandes figuras você se parece mais.

Clique aqui para fazer teste!

Personagens de ficção que influenciam a realidade

 

Por Ana Luisa Moraes e Tiago Aguiar

 

A história não é feita apenas por pessoas reais. Apresentamos aqui seis personagens de ficção que influenciaram ou influenciam até hoje o modo como vivemos nossas vidas.

 

Zé Carioca

O papagaio malandro nasceu no início da década de 40 de uma visita que Walt Disney fez ao Brasil, com o propósito de conhecer o país e produzir novas histórias e filmes inspirados no continente latino-americano. Chegando aqui, ele descobriu que piadas de papagaio faziam um tremendo sucesso entre os brasileiros da época. Juntando isso ao fato de o animal ser das cores da bandeira do Brasil, Disney e sua equipe criaram o Zé Carioca. O nascimento do personagem se deu no contexto da política da boa vizinhança, adotada pelos Estados Unidos para aumentar seu poder de influência sobre os países latinos. Ele era alegre, hospitaleiro e um grande mentiroso – morava em uma favela, mas queria fazer parte da alta sociedade, o que o levava a aplicar golpes. Zé carioca foi importante para que o “jeitinho brasileiro” tomasse mais forma e força, aumento a popularidade do arquétipo do malandro no país.  

Zé Carioca

 

Robin Hood

A origem da história do caçador inglês que roubava dos ricos para dar aos pobres é incerta – não existe nenhum registro histórico que aponte que ele existiu de verdade. O que se sabe é que os ideais de Robin influenciaram as nomenclaturas de alguns conceitos econômicos. O efeito Robin Hood por exemplo, acontece quando a renda é redistribuída para amenizar as desigualdades econômicas. Na prática, seria cobrar mais impostos de quem ganha mais dinheiro e menos ou nenhum imposto de quem ganha menos dinheiro. Atualmente, países como França, Suíça e Holanda taxam grandes fortunas, cada um com a sua própria regulamentação. O efeito Robin Hood reverso também existe. Nesse caso, os ricos ganham mais à custa de quem tem menos.

Robin Hood

 

Barbie

A boneca mais vendida do mundo foi lançada em 1959 e, desde então, tem feito a cabeça das meninas nos mais de 150 países onde é vendida. Ela foi criada pela norte-americana Ruth Handler, e o nome foi uma homenagem a sua filha, Barbara, que preferia brincar com fotos de modelos recortadas a brincar com as bonecas disponíveis. A influência da boneca se dá em duas principais vertentes: estética e consumo. Alta, magra e loira, a Barbie reproduz um estilo que é valorizado pela sociedade, mas que é inatingível. Não é raro encontrar por aí histórias de mulheres que gastaram rios de dinheiro com plásticas para ficarem parecidas com a boneca. A partir da década de 80, ela deixou de ser apenas um brinquedo: o rosto de traços finos começou a estampar mochilas, cadernos, roupas de cama, bolas, sabonetes e os mais variados produtos. Fascinadas, as crianças querem comprar tudo e ficam cada vez mais envolvidas pelo modelo barbie.

Barbie3

Dona Benta

A dona do Sítio do Picapau Amarelo apareceu primeiramente como uma contadora de histórias em livros avulsos de Monteiro Lobato dos anos 20. Com o advento da série, na década seguinte, a personagem toma forma de uma mulher idosa e erudita.

Em 1940 deu título a um dos livros de receita mais vendidos na história do Brasil e em 1979 à marca mais famosa de farinha de trigo. Paradoxalmente, a personagem “Tia Nastácia” é que cozinhava no sítio, as avós da elite brasileira não costumavam ir para a cozinha.

Dona Benta2

 

Sherlock Holmes

O detetive mais famoso do mundo é um personagem criado em 1887 pelo escritor Arthur Conan Doyle. Em sintonia com a época, usava o método científico e a lógica dedutiva para encontrar soluções de grandes mistérios. Morador da Baker Street, Holmes foi responsável por popularizar internacionalmente cartões-postais londrinos e estimam-se que hajam mais de 25.000 produções culturais relacionadas ao seu universo. Só de filmes são centenas.

Sua influência também afetou a realidade: Doyle, que era médico, inspirou a ciência forense. Muitos departamentos de polícia utilizaram as recomendações de Holmes para não apagar pegadas e algumas de suas técnicas “ficcionais” de reconhecimento de impressões digitais e caligrafias precederam os usos reais.

Sherlock

 

Rei Artur

Presente no imaginário britânico há pelo menos um milênio, Artur é uma figura lendária que teria comandado grandes batalhas contra os anglo-saxões, por volta do século V. Historiadores até hoje debatem alguma possível correspondência histórica, mas isso nunca impediu que a monarquia utilizasse de supostos vínculos com sua figura para ganhos políticos. A primeira menção escrita é do século IX, descrito apenas como um grande guerreiro. A partir daí sua presença se expande para todo o folclore e literatura da Europa, com adições posteriores de todos os elementos que conhecemos, como o mago Merlim, os cavaleiros da Távola Redonda e a espada Excalibur.

Arthur

 

 

 

Com informações de:

Roberto Elisio dos Santos, vice-coordenador do Núcleo de Pesquisas de Histórias em Quadrinhos (NPHQ) da ECA-USP,

Fernanda Theodoro Roveri, pedagoga e autora do livro “Barbie na educação de meninas: do rosa ao choque”

‘The Universal Sherlock Holmes’ de Ronald De Waal.
The 101 Most Influential People Who Never Lived, de Allan Lazar, Jeremy Salter, Dan Karlan

King Arthur, Myth-Making and History – Higham, N. J. (2002)

IG

O claro! é produzido pelos alunos do 3º ano de graduação em Jornalismo, como parte da disciplina Laboratório de Jornalismo - Suplemento.

Tiragem impressa: 5.000 exemplares

Expediente

Contato

Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, Bloco A.

Cidade Universitária, São Paulo - SP CEP: 05508-900

Telefone: (11) 3091-4211

clarousp@gmail.com