Arte e Imagem: Ana Paula Alves e Maria Clara Abaurre
Tentamos sempre fazer com que o tempo corra a nosso favor, incessáveis, sempre reagindo à sua passagem. Seja quando esperamos ele agir sobre uma bebida ou quando nos revoltamos que não temos uma hora a mais para dar conta de tudo.
Mas o que não queremos entender é que nosso tempo não é como um relógio num ciclo sem fim, repetindo horas e minutos. Ele é uma ampulheta que somos incapazes de virar e começar de novo.
Nesse eterno cabo de guerra contra o tempo, somos apenas uma criança tentando com todo o afinco segurar as areias do tempo com uma peneira. Entretanto o resultado é sempre o mesmo, todos os grãos de areia caem.
Nessa luta sem fim, mais que tentamos revirar a ampulheta e fazer areia ir no sentido contrário, mais fácil fica de deixar ela cair na ânsia por só mais um grãozinho. E como está a sua ampulheta agora?