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Dê um Google

 

Por Fernanda Giacomassi

 

Inspirados por gigantes da tecnologia, como Google e Facebook, empresas brasileiras estão apostando em ambientes de trabalho mais descontraídos e informais para melhorar a qualidade de vida de seus colaboradores e, claro, conseguir melhores resultados. “As pessoas passam a maior parte do tempo no trabalho por isso ele precisa ser agradável e saudável. Também sabemos que condições de temperatura, iluminação, ergonomia, cores, e a estética em geral afetam a concentração e o bem estar dos indivíduos”, afirma Denize Dutra, especialista em psicologia organizacional e gestão de negócios. De acordo com a consultora de design, Priscilla Nardini, os novos escritórios trazem ambientes mais coloridos, poucas ou nenhuma divisória entre as estações de trabalho e uma maior preocupação em deixar os locais de descanso e refeitórios mais atrativos.

 

 

Com mais de 810 mapeados pelo país*, os Coworkings são um exemplo de sucesso deste novo sistema. O modelo permite que diferentes empresas compartilhem um mesmo escritório, o qual normalmente é bastante informal, com frases de efeito cobrindo as paredes e até mesmo openbar de comidas e bebidas. Na opinião de Luís Rodrigues, que trabalha no Wikilab Coworking, em São Carlos, a estrutura incentiva a colaboração entre as pessoas, ao invés da competição: “É normal ver pessoas dispostas a ajudar uma as outras, porque, ao meu ver, acreditam que o sucesso de um, é o sucesso do coletivo”.

 

 

A estruturação mais colaborativa das empresas, entretanto, ultrapassa os limites da ambientação física, e passa a fazer parte, também, da essência dos negócios. Na ClassApp, empresa que oferece soluções para a comunicação escolar, a construção e revisão das missões e valores da companhia também é feita de forma participativa. Além disso, todos os funcionários têm acesso ao desempenho financeiro dos negócios. “A vantagem de um ambiente desse, é que a equipe tem um desenvolvimento acima da média. Temos profissionais mais empoderados e que se sentem responsáveis pelo sucesso da empresa” explica o CEO, Vahid Sherafat.

 

 

Para Denize Dutra, as empresas precisam se adequar às expectativas da nova geração que está chegando ao mercado de trabalho, uma vez que estes jovens valorizam ambientes mais informais. Entretanto, Denize alerta para o fato de que o perfil de cada indivíduo também precisa ser considerado: “Existem pessoas que vão funcionar melhor assim e outras que precisarão de espaços mais isolados para trabalhar”. Para o gestor Vahid Sherafat, a seleção de candidatos que se adaptem a este novo modelo de negócio, do qual a ClassApp faz parte, é um desafio: “precisamos encontrar pessoas responsáveis, que não abusem dessa relação de confiança, e que tenham a ambição de crescer na empresa”.

 

 

* Dados do Censo Coworking Brasil. Disponíveis em https://coworkingbrasil.org/censo/2017/

 

Isso é muito Black Mirror

 

Por clarousp

 

 

Imagine a seguinte cena: uma mulher acorda sozinha na própria casa, e quando sai em busca de sua família, é perseguida por um grupo mascarado, que tenta assassiná-la a todo custo. Enquanto isso, pessoas da vizinhança vão aparecendo, mas com seus celulares em riste, apenas filmam e divulgam o sofrimento da moça, sem qualquer esforço para ajudá-la. Parece absurdo, mas a ficção da série Black Mirror pode não ser tão distante da nossa realidade. A cada ano, o número de vendas de smartphones aumenta. Só no primeiro semestre de 2017, cresceu 10% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que explica os quase 200 milhões de aparelhos eletrônicos no Brasil, de acordo com os dados da Fundação Getúlio Vargas. Em dezembro, segundo a mesma pesquisa, será um para cada brasileiro.

 

Nesse cenário cibernético, os aplicativos se tornam cada vez mais presentes na rotina das pessoas. O Waze substituiu os velhos Guias e os novos aparelhos de GPS, o Happn e o Tinder otimizaram o que os tradicionais portais de relacionamento se propunham a fazer, o WhatsApp e o Messenger encurtaram distâncias e os jogos ganharam espaço próprio, como a febre Pokémon GO. Existem aplicativos até para ficar menos tempo . na frente do celular, como o Moment.

 

Mas além das suas mil e uma utilidades, cumprem, talvez, com nossa maior exigência: apresentar todas essas variedades de forma prática e, acima de tudo, instantânea.

 

O crescimento diário do número de aplicativos alimenta essa necessidade, mas também se vale da relativa facilidade em construí-los. “Eu acredito que o primeiro passo é ter uma ideia bem definida e isso significa fazer uma pesquisa para saber se já não existe algum parecido em uso. Depois disso, partimos para o público que pretendemos atingir”, diz o desenvolvedor Rodrigo Duarte.

 

Ainda assim, é importante que o aplicativo seja didático e satisfaça à necessidade de quem o instala, além de seguir as exigências das plataformas em que será hospedado. Segundo Rodrigo, o que torna esses pequenos programas cada vez mais atrativos é a pluralidade de formas em criá-los: “para mim, não existe um manual. Tudo vai depender da ideia a ser explorada, das finalidades dele, e também se será lançado apenas para as plataformas do Google e Apple, ou para ambas.”
Não importa o tipo de celular, o fato é que podemos fazer tudo o que queremos nos nossos aplicativos, desde nos comunicar até nos lembrar da hora de beber água. Ainda assim, talvez seja o momento de travar a tela, colocá-lo no bolso, e realmente pegar o copo para se reidratar.

 

O claro! é produzido pelos alunos do 3º ano de graduação em Jornalismo, como parte da disciplina Laboratório de Jornalismo - Suplemento.

Tiragem impressa: 5.000 exemplares

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