Quem nunca tentou colocar em prática uma ideia de relaxamento que viu em uma revista e se frustrou com os resultados? Isso pode acontecer porque aquele método de relaxamento não é o ideal para você. Segundo o psiquiatra Rodrigo Fonseca Martins Leite, diretor de ambulatórios do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, ao escolher uma atividade que leve ao relaxamento, é essencial levar em conta o quanto você se identifica com aquilo.
O processo envolve tentativa e erro, até descobrir o que funciona. Para escolher quais atividades testar, concentre-se no foco. “É quando o aluno consegue sair do controle e focar a mente em um ponto, como o ritmo da respiração, que ele finalmente experimenta o relaxamento”, diz a professora de yoga Carla Vila Verde, idealizadora da Casa Mandalla, em São Paulo.
Tocar um instrumento musical, ouvir música ou cozinhar são algumas das muitas atividades que podem levar a esse estado de foco. Para quem não se dá bem com práticas mais sossegadas, as atividades físicas são uma opção.
Uma das barreiras que muitos enfrentam é a pressão sobre si mesmos para conseguir relaxar rapidamente. Mas o psiquiatra lembra que é normal não acertar de primeira: “As pessoas acham que relaxar é natural, mas não é. Exige aprendizado”.
Qualquer que seja a atividade escolhida, é necessário ter comprometimento e praticá-la com regularidade, mesmo quando a vontade é ficar na cama sem fazer nada. É fundamental ter disciplina, criar uma rotina e mantê-la. “Muitas vezes a busca do relaxamento envolve um desprazer porque reagimos negativamente a qualquer disciplina”, destaca Rodrigo.